Novo Vídeo Go-S.TV

Driving with João Guedes from João Guedes on Vimeo.

Mais uma excelente produção da Go-S.TV que desta vez veio-me visitar ao Porto e controlar o que é que eu andava a tramar eheh. Penso que o resultado é muito positivo e que este video tem altas ondas incluindo uma sessão de tubos durante a viagem da Austrália em grande companhia.

Enjoy

Novas imagens!!!

Como é que é pessoal?

Pois é, infelizmente não se tem acutalizado muito o blog, mas isso não quer dizer que esteja parado. Depois das Aventuras Europeias, fiz duas etapas do Nacional (com um 2º lugar no Porto e um 7º lugar na Ericeira) o que faz com que esteja no 2º lugar da geral e na corrida para o grande objectivo final. Fiz ainda o carismático campeonato Luso-Galaico onde trouxe o caneco para casa!!! Não tão boa foi a minha prestação no WQS da Cordoama onde perdi no 2º Round num campeonato em que queria tirar um bom resultado.
Mas, o importante é que me sinto bem, tenho treinado bem, e feito boas ondas.
Hoje não posso dar grandes notícias, mas as que tenho são mais que boas: já adicionei as fotos todas da Escócia, e ainda mais algumas do "lifestyle" da vida cá do Porto. Tudo o que têem que fazer é clicar em Imagens, e procurar as fotos (acreditem que não é dificil).
Mas, a melhor notícia de todas é que a GO-S.TV, entretanto, veio visitar-me e fez um vídeo novo que podes "checar" em http://www.go-s.tv/ mas que daqui a umas horas vai estar disponível nos meus Vídeos (é só clicar em cima).
Neste momento estou na Ericeira a treinar e a fazer filmagens por isso fiquem atentos a notícias futuras!!
Grande Abraço e Boas Ondas

JG

Aventuras Europeias - Episódio 4: Final Lap!!

Nem queria acreditar que me estava a enfiar dentro de um carro para fazer agora mais 1500km para França. Mas cheios de força e boas expectativas lá fomos nós os 3 por ali a cima, cientes de que não nos podáamos enganar nem exagerar nas paragens se queríamos chegar a França a tempo dos nossos heats. Cumprimos o prazo mas chegámos lá uns autenticos cadáveres. O Edu foi o 1º a ter heat e nem o facto de ser especialista em ondas pequenas o ajudou a passar o heat; o Ximenez foi a seguir e a coisa tambem não lhe correu melhor. Estávamos desfeitos e nem cabeça tinhamos para pensar, quanto mais para surfar. A seguir fui eu, consegui passar e chegar aos 1/8 de final, mas depois o corpo e a cabeça não deram para mais, como era de se esperar!
Valeu-me o "price money" que ganhei e que me ajudou a cobrir parte das despesas que tinha tido até aí. Foi sem dúvida, o campeonato mais rápido que tive até hoje: cheguei de Portugal de directa antes do meu heat, fiz os heats, perdi, arrumei as pranchas, fizemos uma paragem no macdonalds onde o Ximenez quase deixou o seu "prize money" - ainda tivemos que o ouvir a lamentar-se durante uma hora(tempo que demoramos a

voltar ao mcdonalds) para ele ir buscar os 500 dolares que tinha ganho ao fundo de um dos sacos do lixo do mcdonalds, completamente esquecidos e a passar despercebidos aos olhos de qualquer pessoa, para grande sorte dele e nossa pois já não o podia-mos ouvir a lamentar-se! ;) - e, finalmente, voltámos para Portugal, directos, onde chegámos 6ªFeira às 7 horas da manhã, cumprindo assim o 5ºdia a "comer asfalto".
Na verdade para mim a viagem so acabou no dia seguinte a seguir a ter de conduzir as minhas 3 horas de Lisboa para o Porto, mas isso foi uma verdadeira pechincha a seguir a tudo aquilo que já tinhamos feito!
6 dias para repor forças e siga para a 1ª etapa do Nacional...
É o FIM das Aventuras Europeias... não me falem em viagens nos próximos tempos, porque não vou!!!

Fotos: As semanas depois da fatídica viagem europeia serviram para recarregar bateriais e poder tar com os amigos! O problema, é que mais tarde ou mais cedo já sei que vem outra viagem, outras aventuras...! 1- Maceda com o gangue! 2- Matosinhos

Aventuras Europeias - Episódio 3: Uma semana a comer asfalto

Eram então meio dia e estávamos nós à porta do hotel de malas e pranchas montadas no carro, prontos para arrancar para Cambridge onde iamos ficar em casa da mãe do Justin e de lá tentar saber melhor qual era o ponto da situação. Desde já aproveito para agradecer á familia do Justin que foram impecáveis e não nos faltaram com nada, muito obrigado!
A viagem demorou cerca de 19 horas sem parar, a não ser para por gasolina, comer, tomar café ou mudar de condutor. Cinco gajos num carro, mais 13 pranchas, duas malas cheias de material fotográfico e ainda as nossas malas e mochilas... uma verdadeira obra de engenharia!
Chegámos a Cambridge mortos, ainda andámos perdidos e com alguma dificuldade lá nos conseguimos arrastar até casa da mãe do Justin onde caímos mortos durante umas 5 ou 6 horas em sono profundo.
Acordámos, e a primeira missão foi tentar saber o que é que se passava... tudo na mesma! Não havia comboios, não havia aviões, o carro não podia ser deixado do lado de França, muito poucas soluções, ou quase nenhumas! Após um longo dia onde foram vistas e revistas todas e quaisquer hipóteses que tinhamos para sair dali, ficou decidido que iriamos fazer de tudo para chegar a tempo ao campeonato de França, onde entretanto estavam a par do pessoal que estava preso na Escócia e deram 2 dias de espera de forma a que todos tivessem tempo de lá chegar. A solução foi pagar a uma carrinha com dois motoristas que nos levassem de Inglaterra até Portugal, pois havia uma carrinha que saía naquela noite e fazia esse trajecto, pegar no nosso carro em Portugal e arrancar para França (uma viagem de loucos).
E foi isso que foi feito!! Aproveitámos o resto da tarde para conhecer a cidade de Cambridge, relaxar um bocado e à meia noite encontrámo-nos com a carrinha, fomos a casa buscar os sacos e fizemo-nos a estrada.
As 4 horas da manhã estávamos a apanhar o "ferriboat" para França, 5h30m/6h estavamos em França e depois foi sempre a dár-lhe sem parar até chegar a casa, viagem que demorou 32 horas. Chegámos quadrados, com as costas desfeitas, sonos alterados, completamente partidos!
Já com desistências na caravana que teria de arrancar no dia seguinte para França, eu o Edu e o Ximenez, decidimos que ia-mos dormir no máximo até ao meio dia e ver o que se passava com o campeonato em França e se valeria a pena arrancar ou não. Cada um para sua casa, para finalmente dormir numa cama onde já não dormiamos desde a Escócia, nada mais nada menos que 5 dias a dormir no chão e em bancos de carros. Estava eu a dormir ferrado quando me entra por casa a dentro o Edu, impossível, a dizer que a organização do campeonato tinha deixado os nossos heats, juntamente com os de outros atletas em espera até ao dia seguinte e os nossos eram logo dos primeiros do dia seguinte, ou seja, tínhamos de arrancar já para chegar a tempo dos nossos heats...
Até lá então!

JG

Fotos: 1-Obrigado Justin! 2-Muitas horas de carro dá nisto... 3-Guiness só se for em quilómetros percorridos!

Aventuras Europeias - Episódio 2: Presos na Escócia

Presos na Escócia!!!
Foi literalmente o que nos aconteceu.
Se já estava eu acampado no quarto do Justin e já o espaço era pouco, agora estava também o Edu e o Ximenez, ou seja 5 num quarto de dois. Tudo isto porque a pensar na melhor das hipóteses no dia seguinte já estava tudo normalizado, já teriamos vôo para casa, então para que pagar um quarto só por uma noite? (pois sim...)

Acampamento montado,entre capas de pranchas e colchas que o Justin e o Mauro nos cediam, deitámos-nos a zelar pelo melhor.
Dia seguinte... exactamente a mesma história, aeroportos fechados, cada vez mais gente "apeada", começava-se a instalar um certo stress entre o pessoal, mas como não havia nada a fazer, decidimos ir fazer um surf para relaxar e para ver se nos cansávamos um bocado. Pranchas em cima do carro e lá fomos nós à procura de um pico, quando de repente cai um nevão gigante, daqueles que acho que nunca vi nem em estâncias de ski (e ia eu fazer surf). Passado o nevão, conseguimos encontrar um pico com umas esquerdas razoáveis, dando assim para os 40minutos mais gelados de todas as minhas surfadas, o meu queixo fugia para os lados de tanto bater de frio, foi inacreditável!
De volta ao hotel, as notícias eram as mesmas e começámos a ponderar a nossa ida para Portugal de outra forma, ou até, se seria possível irmos embora de Inglaterra antes que o campeonato de França começasse, o que estava previsto para 3ª feira e já era Domingo...
Segunda foi o dia do juízo final, acordámos de manhã, tudo na mesma sem qualquer mudança, tudo "apeado". Decidimos arrancar para Londres pois da Escócia tava visto que além de não conseguirmos saber de nada, também dali não se ia adiantar nada. E foi assim que nos mandamos numa odisseia de carro que seria mais demorada e dolorosa do que nós pensávamos. Ou seja, isto não vai ficar por aqui...

JG

Fotos: 1-É o concurso de quantos "marmanjos" se mete num quarto 2- Qual esquadrão classe A, as águas até derretiam %6!@!

Aventuras Europeias - Episódio 1: Nada vem por acaso!

Depois de muito tempo sem escrever (peço desde já desculpa a todos, mas não tem sido fácil!), volto agora, e cheio de histórias para contar: muitas pa rir, outras pa chorar, mas que contando agora... só dá pa rir! Junta-se aquele grupinho e é nisto que dá... Aventuras Europeias!

Realmente,nada vem por acaso...
E se já estavamos a dar em doidos com toda aquela situação esperem até ler o desfecho desta viagem que se tornou num verdadeiro pesadelo.
Até à última actualização, ainda nem sequer em prova tinha entrado e já as coisas estavam difíceis, posso-vos dizer que foi apenas um aquecimento para o que se aproximava.
Era então sábado quando finalmente chegou a minha vez e a do Justin de ter heat, já o Edu e o Miguel (Ximenez) tinham perdido. Acordei de manhã e fui ter com o Justin ao hotel dele, que seria também a minha residencia para os próximos 2 dias (mal sabia eu que lá ia ficar retido quase uma semana), uma vez que o Edu e o Ximenez, com quem eu partilhava o meu antigo quarto, estavam decididos a ir embora naquele dia e nem mais um dia iam deixar passar naquela terra (mal sabiam eles o que nos esperáva).
Deixei as coisas no quarto do Justin e eu, ele e o Mauro apanhámos boleia para o campeonato com o "team manager" do Justin num Land Rover dos antigos recheado de bandeiras, placares, ferros e lonas, cheio de frinchas que faziam uma corrente de ar enorme, o que punha a temperatura interior quase igual a exterior.
O campeonato tinha então sido mudado para o pico de Thurso East, um pointbreak de direitas compridas que fazia lembrar a onda dos Coxos só que com 6 ºC exteriores, 2 ou 3 ºC (!) dentro de água e um ciclóne que parecia que até as ruinas dum velho castelo que estava servir de abrigo à estrutura do campeonato se iam desmorunar ao fim de séculos. Condições bastante dificeis e adversas para se conseguir fazer qualquer coisa, enfim, típico dum campeonato do WQS!
O Justin teve heat 1º do que eu e aproveitei para ficar a estudar as condições, que aos meus olhos estavam impossíveis de se conseguir fazer fosse o que fosse. Ondas de um metro completamente desfeitas pela força do vento tentavam-se alinhar na perfeita lage que naquele dia mais parecia um "beach break" dos mais desordenados que há. Para ajudar à festa a maré estava a subir e a corrente que se fazia sentir no pico era exactamente para dentro do rio o que juntamente com as luvas e o fato 5/4/3, fazia com que as remadas para chegar ao pico fossem uma verdadeira odisseia (cheguei mesmo a pensar que nao ia chegar ao outside). O Justin perdeu a precisar de um 2,80 que naquelas condições parecia uma coisa quase impossivel, o que se comprova, pois toda a gente sabe o alto nivel de surf dele e mesmo naquelas condições não conseguiu aquele "low-score".
A seguir foi a minha vez, equipei-me todo a chuva, fiz um bruto aquecimento peguei na lycra e mal saí de trás das ruinas que nos abrigavam, quase voei agarrado a prancha, tal era a ventania que se fazia sentir. Entrei para dentro de água com 10 minutos de antecedencia e cheguei ao pico no toque da buzina de inicio de heat. Com as dificeis condições que se apresentavam, ainda cheguei a estar em 2º parte do heat, mas infelizmente, o inglês Alan Stokes virou o heat acabando por levar a melhor deixando-me em 3º.
Voltamos para o quarto prestes a entrar em depressão total, quando passado uma hora aparece o Edu e o Ximenez com cara de desespero a dizer que estávamos presos na Escócia por causa dum vulcão e que os aeroportos estavam todos fechados sem data prevista para voltarem a abrir, tudo dependia da direcção em que ia a nuvem de cinzas. Depressão total! Se até aí já não tinha sido fácil, agora estava negro... Não percam o próximo episódio!

JG

Fotos: 1-Eram só sorrisos à ida pra lá! 2- Quem diria que ali corre uma lage perfeita 3-Por estas caras já deviamos adivinhar o que nos aguardava! (Em breve todas as fotos disponíveis na Galeria)

JOHNY G no round 3!!!

João Guedes garantiu hoje a passagem para o round 3, com o 2º lugar obtido contra o neo-zelandês Rowan Aish, o francês Jules Thomet e o luso-brasileiro Robertson Gonçalves. Num heat marcado por ondas com pouco potencial e notas abaixo da média, a obtenção de uma onda com um score acima dos 5 pontos foi determinante. O atleta francês conseguiu garantir o primeiro lugar já no final do heat, altura em que o João liderava fazendo também ele uma onda de 5 pontos que não lhe deu o primeiro lugar mas consolidou a passagem para o round seguinte, que é o objectivo principal.
No Round 3, JG vai apanhar de novo o atleta inglês Alan Stokes, por quem foi eliminado na Escócia. Uma boa oportunidade para fazer um pequeno ajuste de contas. Contudo, o objectivo continua ser passar o heat, para chegar o mais longe possível.
O campeonato está a decorrer e econtra-se na bateria nº 6 e a bateria do João será a nº 8!!!
Nesta bateria JG defrontará Glen Hall, a estrela irlandesa e o francês Romain Laulhe!!!
Estejam atentosss!!!!
FORÇA JOHNY!!!

João perde na Escócia

João Guedes perdeu no Round de 96 atletas no WQS da Escócia, em Thurso

JG entrou contra Alan Stokes, Dayyan Neve e Nick Vasivec. Infelizmente, também me encontro fora do país e aqui a net não é famosa pelo que ver um campeonato de surf online é do género utópico!

Por isso peço, para os que viram para comentar o heat e darem a vossa opinião, de certeza que quando o Guedes vier aqui, vai poder ver os vossos comentários e até dar a sua opinião. Certo, é contar com notícias dele nos próximos tempos, já que ele se vai descolar até França onde tem mais uma estapa desta looooonga batalha.

Foi pena esta, de certeza que não era o resultado que ele queria, mas mais um terceiro, a faltar uma onda na casa dos 5 pontos... está a faltar o clique!

Pessoal, é tudo aí a puxar pelo nosso menino!! Mesmo no fim do mundo não se esqueceu de nós e descreveu o que anda a fazer!

FORÇA JOHNY!!!

Primeiros dias na geladissima vila de Thurso

Dia 1 - Welcome to Scotland Brrrother
E assim chegámos a Escócia!
Depois de 3 horas de avião, uma de autocarro de Gatwick para Heathrow, mais duas de vôo e a finalizar-mos com mais três de carro, a armada lusa(composta por algumas contratações imigras) chega ao destino final... Thurso.
Thurso é uma pequena vila de pescadores no norte da Escócia, tão antiga que ja cá estava no tempo dos vikings, o que me faz pensar, como é que alguém veio aqui parar nessa altura. Se nos tempos de hoje ja é dificil, imagino no tempo desses malucos, mas vá-se la saber o porquê de se terem instalado aqui. O nome é de origem viking e, pelo que eu percebi, é algo como "rio thur", em homenagem a um deus qualquer cujo o nome seria thur, ou algo parecido, mas não consegui saber muito mais!
Com bons points e beach breaks, muito frio, muitas ovelhas e vacas, óptimas destilarias de whisky e uma população um pouco envelhecida, fazem desta vila um quanto ou tanto que não se passa nada.
E entao foi assim que a nossa barca, composta por mim, Justin, Ximenez, Eduardo e o fotógrafo Mauro Motty se foi adaptando ás dificeis condições que se faziam sentir.
No 1º dia acordámos um pouco mais tarde que o habitual pois estávamos desfeitos!Tomámos o pequeno almoço e fomos "checkar" o mar... Surfámos num beach break umas ondas de 20cm com uma temperatura de quase 0 graus dentro de água e pouco mais fora de água. Aqui e ali vê-se montanhas com os topos cheios de neve, condiçoes bastante dificeis para a prática da modalidade para além que as armaduras que levamos vestidas nao ajudam: fato 5/4/3mm, luvas, botas e gorro faz parte do arsenal essencial para se surfar nestas águas...
Após uma sessao de uma hora de surf (pois nao dava para mais), saímos quase gelados e nada como procurar um café para tomar aquele chocolate quente para nos aquecer e só ai é que começamos a ganhar cor. Comemos qualquer coisa, relax, sessão de alongamentos para desenferrojar o corpo, jantar e cama pois supostamente o campeonato começava no dia seguinte...

Dia 2

Acordámos cedo pois o Edu era a 6o heat do dia, pequeno almoço e lá fomos nós. Infelizmente, o heat não lhe correu como o esperado e uma interferência, um quanto ou tanto duvidosa, fez com que o Edu não passa-se o heat...
Uma vez que não tinhamos mais ninguém em prova pois entravamos todos na 2a fase, decidimos ir fazer um surf para não perder o pé na prancha. Fomos ao mesmo pico do dia anterior onde voltamos a surfar completamente sózinhos, desta vez 30cm. Uns aereos, snaps e junções fortes ajudaram o Motty nos seus deveres como fotógrafo. Mas digo-vos, não é nada facil surfar com isto tudo, um gajo mal se mexe, mal ouve, nem tem precepção do que se passa a volta. Uma sensaçao de surf bem diferente da que estamos habituados.
Mesmo ritual do dia anterior e assim se passou mais um dia nas terras altas.
Dia 3
Atrofiu total... flatada, campeonato parado, ninguém tinha heat e ninguem tinha rigorosamente nada para fazer.
Demos uma volta à procura duns 10cm que fosse para surfar, mas nada.
Engonhar, almoço, sessão de alongamentos, um filme e assim conseguimos passar mais um dia nesta terra que cada vez se torna mais dificil de se estar. Amanhã em principio, começam com o 2 round e já é capaz de haver alguma acção no camp. Assim espero....

Dia 4

Nem queriamos acreditar! para alem da flatada do dia anterior levantou um vento gelado que deixou o mar todo desfeito.
Mais um dia de campeonato parado, mais um dia a termos que inventar o que fazer. Acabamos por surfar num point break parecido com trestles, so que com ondas de 20 cm e um vento gelado que fazia com que os 8 graus que marcavam os termometro parecessem temperaturas negativas, talvez das surfadas mais frias que dei até hoje. E sempre sozinhos na agua!
Sem duvida que esta terra deve dar altas ondas e sem ninguém, mas tambem nao é aquele local que me apeteça muito vir cá ver o que se passa em outra altura qualquer do ano, sem motivo aparente. Acho que se nao fosse este camp,tal como a Tasmânia, nunca na vida vinha aqui parar e com certeza nem iria saber da existência de tal vila no norte da Escócia, quase no fim do mundo.
E acho que estamos todos a começar a dar em doidos!
Até novas actualizaçoes um grande abraço para todos e boas ondas...
Aproveitem o calor!!

JG

Lar doce lar... mas por pouco tempo!

E cá estamos nós... de volta à terra!
Depois de um mês sem parar - muitas horas de praia, surf , sol, calor, chuva e vento e ainda muitas outras de viagens a pé, carro, comboio e avião - estamos de volta á Invicta cidade para mais uma semana de treino intenso, de estar com os amigos e família, enfim, matar saudades.
Depois de uma última viagem desde o aeroporto da Goldcoast, nossa última paragem, até Portugal que demorou nada mais nada menos que 37 horas e mais 3 de Lisboa até ao porto,finalmente,cheguei a casa. E, não há nada como estar em casa...
Com muito surf na cabeça e boa forma, há que manter o ritmo. Muitas horas de surf (desta vez de botins, porque já estou a treinar para a Escócia) e mais umas quantas de ginásio, vou-me preparando e concentrando para mais uma batalha, que desta vez se vai travar num local bem diferente, gelado e inóspito, conhecido como “As terras altas”,no norte da Europa, já devem ter adivinhado... é a Escócia onde vai haver mais uma etapa do CWC. Depois sigo parao campeonato de San Gille, que para mim é um dos campeonatos mais difíceis do ano. Mas quem é que disse que era fácil?!
Aproveito o pouco tempo que tenho em casa, pois é só uma semana antes do próximo campeonato, para fazer aquela visita às novas instalações da Polen e encomendar já novas pranchas para estar sempre munido de boas ferramentas; visitar a família (dividida entre Porto, Lisboa e Mundo eheh), que cada vez me vêem menos; passear a Branca que já se coçava toda de saudades; ter aquela jantarada com o pessoal que tanto precisava; estar com a Gang (que não são poucos!!!) de quem sinto falta mas que estão sempre lá; mandar uns "surfs" naqueles spots com aquele pessoal; passar umas quantas horas no ginásio, das quais já não tenho tantas saudades, mas enfim, e, mais umas quantas horas de carro, certamente o local onde passo mais tempo(vou pedir um patrocínio à galp ou brisa ou assim) e já estou quase de partida. Além de passar rápido, garanto-vos que sabe a pouco e não dá para quase nada, mas é assim, nesta vida temos sempre os prós e os contras.
Sábado já sigo para a Escócia de malas e bagagens para representar o melhor possível.
Por isso não percam os próximos episódios porque nos também não. eheh
Obrigado pelo apoio!!!!!

Beijos e abraços

JG

P.S. Já pus as fotos da temporada australiana! Cliquem em Imagens no menu aí em cima e dêem uma olhadela no Álbum Australia 2010

Diário do "Master Martins" - A Tasmânia e o fim da jornada!

Chegámos à Tasmânia... não é por acaso que o O'neill Cold Water Classic procura os lugares mais a sul ou mais a norte, os mais agrestes ou mais selvagens.
Desta vez calhou-nos o campeonato mais a sul do planeta: um visual incrível num lugar inóspito. O pior é o frio, a chuva, e o onshore. Depois de um mês de campeonatos e treinos - longe de casa e dos amigos - há que encher bem o peito para enfrentar mais esta batalha... fazer o quê? É mantendo um espírito forte e a motivação lá em cima que se passam heats e se ganham campeonatos.
Alugámos um Bungalow no Artur River Caravan Park: um caixote com 3 camas, uma cozinha, uma sala, wc e tudo encaixava mais ou menos em 18 m2 - luxo é coisa que não existe no circuito. O "guito"(€) é curto e tem que ser muito bem gerido para conseguir chegar ao fim deste circuito.
Á noite os cangurus, os wallabies, os monstros da Tasmânia (que de maus só tem o nome), as chuvas de escaravelhos e cobras venenosas apareciam à nossa porta, no meio das estradas, batiam no para brisas do carro e alguns chegaram a ficar por baixo dele...wildlife!!!
O João treinou dois dias antes do inicio do evento, as condicões foram sempre muito difíceis, mas o surf e os scores não fugiam da media geral.
Primeiro dia de campeonato, o João entrou no 2º heat do primeiro round, encontrou uma esquerda que lhe valeu 6 pontos e com uma segunda nota razoável que garantiu a passagem para o round seguinte. Resumindo, fez um heat com ritmo, sempre na procura daquela onda que abrisse uma parede para poder pontuar sempre com as condicoes de surf péssimas.
O próximo heat era o primeiro do round 96. Jordy Smith e Shaun Cansdell, eram dois dos seus adversários: um atleta do WT, uma das grandes promessas mundias, e campeão da ultima edição deste campeonato e o outro também (não) tem boa fama. Mas a ideia è não mostrar medo, manter a concentração no objectivo, e partir para cima deles como se não houvesse amanhã.
Entretanto, e como faltava um dia algumas horas para o próximo heat, fomos preenchendo o tempo com umas sessões de surf (dentro do possível...), uns jogos de snooker no único pub do lugar (ganhei os jogos todos, mas ele vingou-se dentro de água) uns alongamentos, etc. Internet só às segundas, quartas e sextas, nas instalações da única escola local, já o telemóvel não sabem o que é isso,que sorte!
Chegou a hora de enfrentar os 90 kilos de força, talento e agilidade de mister Jordy, e Shaun Cansdell o autraliano de Queensland, considerado um dos surfistas com o surf mais progressivo do momento. Toca a buzina e o João com vontade de pontuar no primeiro minuto arranca numa direita com potencial, só que dentro da espuma sai Jordy Smith, "snaking" era a palavra certa, mas foi marcada uma interferência. Guedes continuou a pontuar: duas boas esquerdas e uma direita comprida deram-lhe scores de 5.97, de 5.50 e 5.00. Já o Shaun não passava dos 4.50, atè poucos minutos do fim... Jordy sem deixa margem para dúvidas arrancou dos juizes um 8 e um 9...se nao fosse marcada a interferência o final seria bem diferente.
Infelizmente o favoritismo neste circuito ainda é bem evidente, a começar pelo entusiasmo com que o "speaker" fala dos seus conterrâneos, amigos ou dos mais mediáticos. O mesmo passa-se com o plantel de juízes, onde a descrepância dos scores é por demais evidente. Esta é mais uma regra a ter em conta neste jogo.
O onshore, o frio e a chuva continuavam, o campeonato estava feito e a vontade de nos aproximarmos dos trópicos era cada vez maior. Decisão tomada: o destino preferido era obviamente Collangata na Gold Coast. Trocámos os vôos, acrecentando umas horas de carro, avião e comboio para finalmente chegar ao nosso destino final, onde o grande amigo Alex espera-nos na estação.
Estes últimos dias são o prémio por todo o esforço das últimas semanas. A "Las Vegas" do surf Australiano tem água quente, um super bank, muito calor, snappers, Row Energy com um menu do mais saudável possível, bom ambiente, terra das festas, é assim a Gold Coast..."Surfers Paradise"!!!
Os spots de surf são imensos e nestes quatro dias finais vamos explorar alguns deles.
Daremos notícias em breve.

MM

P.S. peço, mais uma vez, desculpa pelas fotos, em breve vai haver muito material! O João ficou sem palavras quando viu a mensagem dos amigos e agradece a todos no comentário feito nesse post com o meu nome.

JG Perde na Tasmânia, mas na raça!!

Mais uma vez, um heat a horas que não servem para quem tem que acordar cedo, mais uma vez não deu pa ver ao vivo.... Mas, mais uma vez, peço para quem viu, que conte a sua versão da história. E, mais uma vez ainda, esta é uma história de pouca sorte...

Algures no tempo entre as 4 e as 5 da manhã começa o heat que TODO O MUNDO (e não estou a utilizar a expressão brasuca), mas literalmente todo o mundo esperava. A maior parte porque o fenómeno Jordy Smith entrava para a água, e uns quantos - ainda assim fazemos mais barulho que todo o mundo - porque era o João Guedes a entrar para a água e a bater-se contra os melhores do mundo!

A batalha era de David contra Golias, ou melhor... eram dois Davids contra dois Golias. Um dos davids chamava-se mesmo David (Richardson), um daqueles australianos que pouco se ouve falar cá, que eles têem "aos pacotes" por lá, mas que podia ser o "Rei" aqui no burgo. Os Golias já se sabe: um dos nomes mais badalados quando se fala em surf moderno, Shaun Cansdell, e o nome mais badalado e que vem sempre em primeiro (quer dizer... o Dane costuma vir primeiro) quando se fala em surf moderno, Jordy Smith. Feitas as apresentações vamos ao que interessa.

O heat não começou nada bem para o Johny, uma interferência (é favor comentar quem viu) logo na primeira onda, que nem sequer foi uma de jeito. Se a coisa nunca era fácil à partida, tinham-se complicado, e bem, a partir daquele momento. Aí JG precisava de duas ondas altissimas (pelo menos na casa dos 8 pontos) pois o score da sua segunda melhor onda iria ser cortado a metade. Talvez sabendo dessa situação, o João não baixou os braços, sendo o elemento mais activo do heat, e faz 3 ondas na casa dos 5 pontos (5.5, 4.9 e 5.27) e ainda uma quarta - tudo seguido - muito perto dos 6 pontos (5.97). Isto daria um score combinado de 11.47, que não era nada mau para a média dos scores que estavam a ser feitos, mas com a interferência o score foi de apenas 8.72 o que quer dizer que precisava uma nota de 9.7 para passar! No entretanto, Jordy Smith confirmava o seu estatuto realizando o melhor score do dia 17.17 (com um impressionante 9.17) e o Shaun, que tinha realizado uma onda nos 8 pontos, percebeu que só tinha que gerir o resultado e passou com um score de 12.70 pontos (o JG não tinha esse score, mas sem a interferência o jogo psicológico poderia e iria ser outro). Já Richardson, foi um verdadeiro David e nunca se encontrou no heat.

Concluindo, 49º lugar, 300 pontos no bolso, que antes poderiam ser motivo de orgulho mas hoje em dia sabe muito a pouco. Não quero deixar de mandar um forte abraço ao Marcelo Martins que, sem dúvida, está a fazer um óptimo trabalho pois as notas do João começam a ser muito mais consistentes e, passo a passo, começam a aproximar-se dos melhores em prova. E ainda outro abraço para o João que nunca desistiu deste heat, dando sempre o máximo para ter os resultados, demonstrando raça, orgulho e acima de tudo cabecinha!

A próxima perna é a Europeia (horas decentes uhuu!)

Anda meu menino que o pessoal tá aqui à tua espera!!!

De nós para ti: o Gang da Foz!!

Fernando de Noronha, Fevereiro 2009, João Guedes arranca um excelente 17º lugar numa prova importante do circuito WQS.

Na emoção, João Guedes é entrevistado pela produção do evento e quando confrontado com todo o apoio que (como é hábito) recebe via internet, agradece aos seus amigos intitulando-os de "O gang da Foz". O nome pegou e o grupo, que sempre existiu, foi denominado.

Obviamente, o Gang da Foz não é (de todo) um grupo de gangsters que anda a espalhar o terror pelas praias portuguesas - não no maus sentido pelo menos - e a palavra "gang" vem da rica gíria portuense. A Foz (Freguesia de Foz do Douro), é a zona onde o João cresceu e criou os seus amigos, ou seja, fica óbvia a origem do nome!

Sendo a Foz uma "aldeia", é fácil criar-se laços de amizade que duram para sempre e sendo o João uma pessoa que, além de carregar a bandeira da nossa terra todos os dias pelo mundo fora, é especialmente querida no nosso seio é impossível não apoia-lo em tudo o que estiver ao nosso alcance. Por isso, e embora sejamos muitos, o GF decidiu juntar-se para uma fotografia de grupo, para mostrar ao João que estamos aqui e que estamos com ele!

Hoje, João, quando entrares dentro de água podes ter uma certeza: na vitória ou na derrota nós estamos e estaremos sempre contigo!! A única coisa que te pedimos, é que deixes a pele dentro de água e mostres a esses bifes um pouco da raça nortenha!!!

FORÇA GUEDES!!!

Alguns dos MGF (membros do Gang da Foz)
Fotos:

Local: Ourigo

Fotógrafo: Patrick DK

Vê as fotos em "Imagens" no menú superior e procura na galeria "World"

GUEDES AVANÇA para o Round de 96

Pela meia noite de ontem, muito Portugal teve o prazer de ver João Guedes a avançar uma ronda no Oneill Coldwater Classic na Tasmânia.
Jony G tinha pela frente surfistas de renome: a promessa das Ilhas Reunião (mais uma) Damien Chaudoy, um ainda-jovem-mas-calejado-nestas-andanças David Richards da África do Sul e uma mini super estrela americana, a coqueluche Eric Geiselmen.
O João arrancou com uma onda média (para as pontuações gerais que então aconteciam) de 3.5 e pouco depois fez uma onda, a onda, de 6.50 pontos que lhe catapultou para o primeiro lugar onde esteve a maior parte do tempo. Eric Geiselman, que tinha uma onda inicial de 5.83 pontos, não necessitava de muito para roubar o primeiro lugar ao João e tal viria suceder com outra onda de 5.80 pontos. Na sua última onda, Jony, faz um 4.33 e garante assim o 2º lugar e a passagem para ou Round seguinte (ainda teve direito a foto no site do evento e tudo)!!!
PARABENS João!!
Parece que o nosso menino está, de facto, mais consistente. No entanto, para confirmar o bom momento de forma é necessário passar a próxima bateria. E que bateria meus senhores: JG tem pela frente o australiano Ben Richardson, o mega talentoso Shaun Cansdell e um homem que dispensa apresentações e candidato à vitória final (ganhou no ano passado) Jordy Smith. Estamos, portanto, a falar de um nível altissimo que pode vir a dar uma vitória memorável!!
O campeonato recomeça hoje às 7.30 locais (20.30 de cá) e o João entra no primeiro heat do Round de 96, sendo que ainda faltam algumas baterias do Round de 144. Por isso, ecrãs ligados e atentos ao Facebook e ao blog pois vamos estar atentos e ainda vamos lançar algumas surpresas ao longo do dia!
Stay Tuned mates!

Viste o Heat?? Não hesites em comentar!!

Diário do "Master" Martins - Antes do fim do Mundo!

Melbourne Airport, Australia - 21/03/2010
O fim da civilização...

Estamos em Melbourne, a fazer escala para a Tansmânia, Marrawha é o ultimo destino: o O´neill Cold Water Classic fecha a perna Australiana.
Os últimos dias na "west coast" significaram boas ondas: Yallingup, Northpoint, Southpoint e Lefties foram alguns dos spots que escolhemos para treinar. O João continua com ritmo, consistente e motivado, a bater-se bem com a restante "prosada" na água. Vão poder ver mais tarde as imagens de video com CJ, Dion Agius e João Guedes numa sessão de tubos que promete... Fiquem atentos ao Blog!
Acabámos de acordar no meio do aeroporto, esta viagem está a dar-nos uma seca de quase 24 horas até chegar ao sítio do campeonato. Vamos chegar dois dias antes do início do evento, de modo a pôr o sono em dia, recuperar do cansaço da viagem e fazer o reconhecimento do local (ondas): treinar no spot do evento é essencial para arrancar com confiança.
Nos próximos dias não vamos ter rede de telemóvel nem internet, estamos no fim do mundo!...
Por isso, estejam atentos ao site do campeonato e ao blog para poderem acompanhar o máximo possível mais um capítulo desta batalha... a última na terra dos cangurus!

See you mates.

Foto: Eu, o João e o Pedro Bidarra (by Pedro Bidarra) - não há cá cervejinha pó João eheh

P.S. - Enquanto não conseguimos pôr o video no ar, fiquem com um cheirinho do nível do Dion em http://www.globe.tv/dion/?page_id=355

Obrigado Pessoal!

Olá pessoal!!
Por aqui está tudo em grande. Só cá faltavam vocês para já nem me ir embora mas, visto que se torna um bocado complicado vir tudo para aqui, o melhor é ser eu a voltar, sempre é mais simples.
Hoje acordámos cedo, como todos os outros dias. Ás seis e meia toca o alarme e o espreguicar já é na varanda a olhar para Northpoint: ali já dá para ver se o mar subiu ou não, e que vento sopra. Mais um pequeno almoço saudável e saímos para ver Lefthanders: as ondas tinham um bom metrão e meio, havia uns tubos a meio da praia com dois "pros" na água e um fotógrafo, a coisa prometia um bom treino e mandei-me logo lá pa dentro.
O CJ Hobgood e o Dion Agios eram os meus companheiros dentro de água (aqui é assim), a sessão foi incrível, todos tiraram altos tubos, temos umas imagens de video do melhor e umas fotos do fotografo Dj Struntz que vão dar que falar:)... E, falando nesse assunto, enviar fotos está muito díficil, porque a net é muito fraca e não estamos a conseguir carregar as fotos e os vídeos, fica para quando estiver aí!!
Preparamos-nos agora para a sessão da tarde, está pouco vento e o mar continua bem consistente.
Estou de volta no dia 30 para mais 10 dias de treino intenso no ginásio (que já considero a minha segunda casa), umas surfadas em tosas bay, uma ou outra jantarada e como não podia deixar de ser uma cowboyada, porque isto de vida saudavel deixa-me a sentir maravilhosamente bem mas anda-me a matar,eheheh... Tudo isto antes de arrancar para a Escócia. Isto é passar do 8 para o 80, mas é assim mesmo,ninguém disse que isto era um mar de rosas!
Mas antes de tudo isto, queria-vos agradecer a todos por todo o vosso apoio e dedicação, pois são vocês a minha fonte de energia quando tudo parece estar a ir a baixo e que me dão força para me levantar e continuar nesta luta interminável. Pois se há algo que me motiva é o facto de estar a representar essa cidade e esse país por este mundo fora. Por isso desde de já a todos os meus amigos e familia um MUITO OBRIGADO por tudo,VOCÊS SÃO OS MAIORES!
Abraços e beijinhos
João

Diário do "Master Martins" - Vida de Campeonato

"A partida de Newcastle

O campeonato de Newcastle acabou com um 17º lugar e um primeiro heat muito sofrido, o João partiu o "strep" (leash) na primeira onda, perdeu algum tempo mas mesmo sem strep conseguiu bater-se pela passagem ao round seguinte. Uma última onda no último minuto garantiu a nota. O heat seguinte contra o famoso surfista local já não correu tão bem: overscores para o "ozzie" e a falta de notas mais altas não deram grandes hipóteses de luta para o João...
A caminho de Margaret River passamos por Sydney para ver o BOOSTMOBILE SHO. A prosada batia-se pelo best trick. Aerials, grabs, alley oop's , super mans, air reverses eram as manobras que estavam na roleta que aliados à mega estrutura, concertos, skate parks, e muito público punham Boundi Beach ao rubro.
Após seis horas de viagem chegamos a Perth (22 pm) e parecia que era logo ali ao lado. Esta ilha não acaba nunca! Alugamos um carro e arrancamos para mais 3 horas de "freeway" cheia de cangurus a fugir á nossa frente.
Demos boleia a dois Havainos, Gavin Gillet e o homem que o João eliminou em Newcastle, Casey Brown. Gavin é de Kawai, durante a viagem ia mostrando algumas fotos e filmes do seu quintal: direitas quadradas, tubos gigantes e o homem lá dentro como se nada fosse!!

Margaret River
Gracetown é onde estamos a dormir, fica a 20 minutos de Margaret River. Temos em frente a casa Northpoint, um reef de direitas do melhor, Lefthanders outro pointbreak de esquerdas perfeitas, e um beachbreak até à agua, porque partir dai é uma lage lisa coberta por algas, que faz quebrar picos de direitas e esquerdas muito boas.
O heat do João foi o segundo do dia, começar a competir as sete da manhã nunca foi fácil, mas há que contar com isso e embora estejamos a milhares de quilómetros de casa - com muitas horas de viagem no corpo, outras muitas de treinos e jet leg dentro do mesmo país - temos que manter a concentração e a motivação em alta para lhes cair em cima com unhas e dentes e arrumar com eles. Ainda que seja aquele amigo que demos boleia ontem ou aquele com quem dividimos o quarto. São mais de 150 guerreiros, todos para um só objectivo: seguir para o proximo round, um de cada vez ate á final. É a luta para chegar lá, ao WCT!!
O heat foi muito disputado com o João grande parte do tempo em segundo, notas no geral baixas devido as difíceis condições de surf, provocadas pelo "sideshore" que entortavam muito o mar. O José Maria Cabrera saiu directo para primeiro com uma direita comprida e um surf marcado por bons carvings e manobras bem verticais e poderosas; o João seguiu-lhe o rasto apostando nas direitas que tinham mais potencial neste dia. Nos últimos minutos o Japonês Masatoshi Ohno
apanha a sua melhor onda do heat. Logo atrás o Guedes arranca em mais uma direita que não tinha o potencial necessario para a nota que precisava; ficou muito perto do segundo lugar 0,97 pts!!!.
O surf do João está cada vez mais consistente, com mais pressão, mais rápido, com carvings mais fortes e mais marcados; manobras mais verticais com transições mais eficazes a explorar todo o potencial que a onda tem para dar. .É isso que os juizes avaliam e os treinos caminham para lá.
Vamos ficar por aqui a explorar alguns dos mais famosos spots da Western Australia, casa do Sr Taj Borrow.

Tenho aqui o pessoal a apertar comigo para ir surfar...até breve.

MM"
Fotos: Em cima: Gavin Gillette ; Em baixo: carvings mais forte e marcados?

97º no Drug Aware Pro - 206 Pts

Foi, no mínimo, um GRANDE azar o facto de João Guedes não ter passado esta noite o 1º Round do Drug Aware Pro, evento Prime do WQS, que decorre em Margaret River na Austrália.
Numa bateria em que surfava contra Paulo Moura (BRA), Masatoshi Ohno (JPN) e Jose Maria Cabrera (CNY), João Guedes fez duas ondas de score baixo: 2.50 e 3,67, resultando num combinado de 6,17 em 20 possíveis. Contudo, o surfista que ficou em segundo lugar, Masatoshi Ohno, teve o mesmo resultado, mas seguiu para a ronda seguinte. Passo a explicar: quando dois surfistas empatam no seu score total, passa aquele que tiver a onda com pontuação máxima; se essa onda for também igual, passa aquele que tiver a segunda melhor onda com melhor pontuação; e se, as duas melhores ondas tiverem o mesmo score, passa o que tiver o terceiro melhor score - e por aí a diante. Ora, o que aconteceu foi exactamente este terceiro caso. O João só fez duas ondas que lhe deram o tal combinado, e o japonês fez mais ondas e passou porque o seu terceiro melhor score era um 0.97!! Para quem está familiarizado com isto percebe o quão tangente isto é, para quem não está basta imaginar que para o japonês bastou pôr-se em pé numa onda para ter passado e garantir 600 e tal pontos!
Foi por "uma unha negra" portanto, mas, a vida de competição tem destas coisas e a única coisa a fazer é levantar a cabeça e fazer as malas para o próximo campeonato. Na reacção a este heat, é essa a ideia que o treinador Marcelo Martins, deixa no ar: "O João acabou de perder, de qualquer forma as suas prestações andam muito perto do resto do pessoal. Está a crescer e o objectivo é esse. Vamos aproveitar a semana para continuar a trabalhar em alguns pormenores importantes e bola para a frente...". Eu digo, é assim mesmo Marcelo!! Ainda sobre o nível dentro de água MM acrescenta: "Este mundo é outro! Tudo a dar o litro, tubarões por todo lado! Este campeonato promete, sete dos top 10 ct estão cá, pelo menos 30 wct`s a baterem-se por pontos, já que este ano qualquer ponto é precioso..." Get the idea?
Resta dizer que foi o homem das Canárias, Jose Maria Cabrera, que ganhou o heat, com duas ondas sólidas, passando destacado à próxima ronda. Sendo ele europeu, boa sorte para ele e para Marlon Lipke que entra no Round de 96 surfistas, todos de topo!
O próximo campeonato é o Oneill Coldwater Classic da Tansmania, melhor sorte lá!
Foto: Nem sempre as coisas correm como queremos, mas "no pain, no gain". Força Guedes! foto por Miguel Dolce

João Guedes 17º no Toyota Burton Pro

Foi durante a madrugada de hoje que, finalmente, João Guedes entrou em acção em Newcastle na Austrália, para o Toyota Burton Pro. Como já se sabia, o João só entrava no Round 5, o que se por um lado aumenta os níveis de ansiedade, por outro lado, passar esse heat representaria um bom resultado.
E foi mesmo isso que aconteceu... Num heat em que Dane Bird não compareceu, a corrida ficou apenas a três o que torna as coisas mais aguerridas. Guedes, começou um pouco perdido, com ondas muito fracas ou tentativas de ondas. No outro lado, os seus adversários também não estavam melhores até que Chris Salisbury faz um 4.17 e um 7 (nota alta) isolando-se no comando. Tudo parecia correr de pior para o nosso menino, mas como um heat só termina quando a sôa a buzina, o João apanha uma onda que lhe garante um 4.17 e mesmo no final apanha outra que lhe garante um 6.5 suficiente para passar para 2º lugar e passar ao próximo heat.

No Round seguinte, com apenas os melhores 32 em prova, Guedes defronta um já mediático Heath Joske que, infelizmente, faz um score combinado de 14.66 contra o score de 7.20 do Guedes, não dando assim hipoteses ao surfista português. Como este heat foi muito tarde para o nosso horário, eu não o vi, mas agradeço que quem tenha visto o comente!
Entretanto, não há tempo para lamentações, ou para festejos, porque o Prime Margaret River (Drug Aware Pro) está à porta e neste campeonato, já vão entrar grande parte de surfistas do WT, oito no total, incluindo Mick Fanning e Taj Burrow!
Até lá,
Forte Abraço!

Fotos: Cima: Chris Salisbury, vencedor primeiro heat ; Baixo: Margaret River está a caminho e João só tem que olhar em frente, foto por Miguel Dolce

Diário do "Master" Martins - Dia 4

Dia 4 - o dia antes da batalha

Os últimos tempos têm sido de treino intenso e dedicação absoluta, sessões bi-diarias de ginásio alternadas com surfadas programadas com objectivos específicos têm sido o dia-a-dia do Guedes.
Aqui na Austrália a luta continua… Dormir cedo e acordar cedo com objectivos definidos para os treinos do dia: carvings potentes, diversidade das manobras, eficiente transição entre manobras, scores(notas)altos - menos de 7 é fraco nesta terra!! - são alguns dos pontos que temos focado nos nossos treinos, sempre com a lente da câmara em cima dele. A componente física limita-se nesta fase ao trabalho de alongamento, CORE e treino funcional.
Ainda não vos falamos do nosso bairro… a nossa casa é a numero 5, sala e cozinha e no andar de cima e dois quartos maravilha!! Mega jardim relvado, aliás, relva existe em todo o lado nesta terra, todas as praias tem um parque relvado(onde aparentemente os cães não cagam), mesas de madeira, grelhas para barbecues, duches, parques infantis, estruturas para "circuit training", enfim. Voltando ao nosso bairro, na casa 4… está apenas o Tom Curren (e os seus filhos) e na casa 6 vive o Sunny Garcia e o gang havaiano… estamos cercados por lendas vivas!!!
Hoje o mar subiu, deu umas ondas de manha com uma brisa de sul que ajudava o pessoal a levantar vôo. O João fez-se notar no meio do crowd e, lá no meio surfavam, Kikas, Vasquinho Ribeiro e o Nicolau,que estão a acabar os seus três meses de viagem pelo hemisfério sul.
Á tarde choveu como se não houvesse amanhã. Mitrámos (ndr: palavra portuense sem sinónimo específico mas que pode ser lida como "fizemo-nos à vida") um sitio com free wireless e lá ficamos a fazer trabalho de escritório: marcar vôos, alugar carros e alojamentos para os próximos campeonatos. Ainda deu para ir ao barbeiro com direito a head massage, ouvir mais histórias de tubarões, rockbands e Ozzies livestyle…
Acabámos com bifes de atum panados com sementes de sessamo, arroz de cogumelos e uma super salada (rowfood) com espinafres, rúcula, tomate cherry, alface, rebentos de alho, etc…tudo feito em casa com a supervisão do nosso chefe Pedro Bidarra…

Amanha é dia de competição… vamos dormir!!

MM

Action on tour! Toyota Burton Pro

É finalmente hoje que o João entra em acção no Toyota Burton Pro em Newcastle, Australia! Depois de 3 dias em que decorreram os Rounds 1, 2, 3 e 4 hoje é certo que o Round 5 entra na água!
Guedes beneficiou do seu bom seeding - fruto do trabalho feito no anos anteriores - que lhe permite entrar nas etapas mais galardoadas - etapas Prime, ver Calendário - e ainda começar em fases mais avançadas de etapas com menos estrelas. Assim, se o João passar este heat, garante o 17º lugar, um dos seus melhores resultados de sempre!!
Estejam coladinhos ao ecrã, e atentos ao blog e ao facebook, pois a transmissão não tem sido muito famosa: o vídeo raramente dá e mesmo o live scores não é certo! Mas, isso não é desculpa para perderes um dos melhores - o melhor para muitos - surfistas cá do burgo.
Marcelo Martins afirmou que o João se encontra em boa forma física e esperemos que a presença do treinador funcione!
Os adversário já são conhecidos:

Heat #5
João Guedes (PRT)
Dane Bird (Aus)
Casey Brown (Haw)
Chris Salisbury (Aus)



Força Guedes!!

Foto: Lopo Pizarro

Ozzie Land! - Palavras do "Master" Martins

Olá pessoal,
Quero desde já agradecer a todos os que me seguem e que me têm apoiado via facebook. Ás vezes sentimo-nos mesmo longe de casa e é sempre reconfortante saber que tenho os amigos, e não só, a puxar por mim, muitas vezes no outro lado do mundo.
Mas desta vez não estou só: o meu amigo e treinador Marcelo Martins, veio, juntamente com o amigo Pedro Bidarra, acompanhar-me nesta perna australiana, ou seja, vai haver muito treino, muito surf, muito video e muitas palavras motivantes. Estas, são as suas palavras - Diário do Capitão Marcelo (eheh):

"1º Dia
Cheguei com o Pedro Bidarra, nosso companheiro de viagem: sete da manha estamos em Sidney, 30 horas de viagem (com uma simpática passagem por LONDON, e outra muito rápida por Bangkok), a primeira coisa a fazer foi - Claro - ver o mar…a praia mais próxima do aeroporto é Bondi Beach, deu logo para perceber que esta terra promete…ou não fosse a Dream Land.
Demos um mergulho, umas fotos, almoço e siga para Newcastle para apanhar o João no aeroporto que chegava de Coolangatta.
O João chegou mais cedo á Austrália, esteve na Gold Coast a aquecer os motores, a pôr as pranchas no pé, ritmo nos braços e ambição na cabeça a assistir ao WCT (gamaram o Saca!!!). Várias sessões em Snapers, Green Mount, DBah e no Raw Energy (restaurante de comida saudável em Coolangatta) encheram-lhe a barriga….
Newcastle, terra de Mark Richards, é uma cidade a 150 km a Norte de Sydney, separadas por vários pointbreaks e beachbreaks com altas ondas e pouco crowd, o local do campeonato é um beachbreak com um areal extenso, assim como quase todos os outros spots da cidade.
Bem instalados e jantados (Le chef Bidarra..temos cozinheiro!!), embora lá matar o Jet Lag…CAMA!!!

2º dia
Mega pequeno almoço…cheio de energia, uma sessão de alongamento e aquecimento articular preparou o atleta para o primeiro treino: sessão de vídeo "no goals", um free surf de reconhecimento - o mar estava pequeno com onshore - que deu para perceber a onda e sentir a 5`11.
A água não está quente… mas ainda dá para usar o 3/2 de manga curta que o João agradece à Billabong. Já os calções, ficam acima do joelho e não passam do rabo, será moda, ou será mesmo "extra muscle mass…"?!
Surfámos com o Kikas, Nicolau e o Vasco Ribeiro, vieram para o Pro Júnior e ficam para o WQS.
Falámos um pouco sobre a sessão da manha, e acabamos a almoçar num restaurante maravilha perto de casa, caro… mas alto ambiente, menu cheio de saúde, e uma esplanada interior luxuriante !!
No treino da tarde focámo-nos na componente táctica, simulação de competição, transição das manobras,etc. Ou seja, video e mais vídeo.
"Le chef" cozinhou mais uma refeição divina, sempre acompanhada da Tooheys.
Bimos o Bideo do dia e cama que se faz tarde!!...

3º dia (1º dia do campeonato)
Acordamos cedo e repetimos a rotina da manhã: big breakfast, stretching, pranchas no carro e arrancámos directos á praia do campeonato. Já rolava o primeiro round, o João só entra no Round 48, ou seja, nunca seria hoje, por isso decidimos procurar o melhor spot, e sem crowd, para o treino da manhã.
O dia esta de Gala… Offshore! Um metro de ondas perfeitas, muito calor…so dá vontade de ir dar de comer aos tubarões!!!
No primeiro dia falamos com um brazuca em Bondi Beach que nos deu uma dica sobre alguns bons spots perto de Newcastle, seguimos o conselho e encontramos Catho, um beachbreak numa pequena vila rodeada de densa vegetação - um visual incrível - e um pico de esquerda e direita mesmo a jeito para o treino que estava planeado.
Surfamos mais de duas horas, supostamente num local onde viveu um BIG WHITE SHARK durante alguns meses, almoçamos num pub, bem perto da praia, um lugar único, onde se juntam motards á seria e surfistas!!
Depois desta surfada esta historia dos tubarões já nos fez mais confusão…neste momento já os tratamos por tu…tá-se bem!!!
Voltamos para Newcastle, passamos no campeonato e já nada acontecia, tínhamos que marcar voos e alojamentos para Margaret River e Tasmânia, daí que a tarde foi no escritório…booking!!!
Final da tarde, chill at home!!..Stretch+jantar+ cama…."

Marcelo Martins

João Guedes BLOG!

Olá a Todos!!
Em nome do João e de todos os seus representantes, vimos anunciar a criação do blog do João Guedes.
Como todos sabemos, o João é um surfista profissional e anda constantemente à volta do mundo, longe da família, dos amigos e de casa em busca de pontos e dinheiro para poder continuar a fazer o que mais gosta e o que faz tão bem: surfar!
Este blog visa a criação de uma ponte entre esse mundo dos campeonatos e o nosso mundo quotidiano cá na terrinha (seja ela onde for). Para o João, é uma maneira de se sentir mais perto de casa, para nós é uma regalia ver com os seus olhos um mundo que não nos é inteiramente conhecido.
Durante as suas viagens, o João vai tentar descrever o seu dia a dia: os treinos, os tempos livres quando não há ondas, os heats, os campeonatos e algumas "side stories" - que existem sempre no mundo do surf.
Neste momento o João está na Austrália há 5 dias, em casa de um amigo do Porto, o Alex, a disfrutar ao vivo do World Tour, surfando com os melhores do mundo. Essa é a sua ambição, chegar ao WT um dia. Neste momento, para além do Tiago Pires, o João é o único surfista português que está de alma e corpo no circuito mundial, facto que muitas vezes é desvalorizado pelos media.
Mas... alguém tem que contar a sua história, e nada melhor do que ele próprio para o fazer!

Pessoal... bem vindos a Johny's World!

http://vimeo.com/9832047 from João Guedes on Vimeo.