JG Perde na Tasmânia, mas na raça!!

Mais uma vez, um heat a horas que não servem para quem tem que acordar cedo, mais uma vez não deu pa ver ao vivo.... Mas, mais uma vez, peço para quem viu, que conte a sua versão da história. E, mais uma vez ainda, esta é uma história de pouca sorte...

Algures no tempo entre as 4 e as 5 da manhã começa o heat que TODO O MUNDO (e não estou a utilizar a expressão brasuca), mas literalmente todo o mundo esperava. A maior parte porque o fenómeno Jordy Smith entrava para a água, e uns quantos - ainda assim fazemos mais barulho que todo o mundo - porque era o João Guedes a entrar para a água e a bater-se contra os melhores do mundo!

A batalha era de David contra Golias, ou melhor... eram dois Davids contra dois Golias. Um dos davids chamava-se mesmo David (Richardson), um daqueles australianos que pouco se ouve falar cá, que eles têem "aos pacotes" por lá, mas que podia ser o "Rei" aqui no burgo. Os Golias já se sabe: um dos nomes mais badalados quando se fala em surf moderno, Shaun Cansdell, e o nome mais badalado e que vem sempre em primeiro (quer dizer... o Dane costuma vir primeiro) quando se fala em surf moderno, Jordy Smith. Feitas as apresentações vamos ao que interessa.

O heat não começou nada bem para o Johny, uma interferência (é favor comentar quem viu) logo na primeira onda, que nem sequer foi uma de jeito. Se a coisa nunca era fácil à partida, tinham-se complicado, e bem, a partir daquele momento. Aí JG precisava de duas ondas altissimas (pelo menos na casa dos 8 pontos) pois o score da sua segunda melhor onda iria ser cortado a metade. Talvez sabendo dessa situação, o João não baixou os braços, sendo o elemento mais activo do heat, e faz 3 ondas na casa dos 5 pontos (5.5, 4.9 e 5.27) e ainda uma quarta - tudo seguido - muito perto dos 6 pontos (5.97). Isto daria um score combinado de 11.47, que não era nada mau para a média dos scores que estavam a ser feitos, mas com a interferência o score foi de apenas 8.72 o que quer dizer que precisava uma nota de 9.7 para passar! No entretanto, Jordy Smith confirmava o seu estatuto realizando o melhor score do dia 17.17 (com um impressionante 9.17) e o Shaun, que tinha realizado uma onda nos 8 pontos, percebeu que só tinha que gerir o resultado e passou com um score de 12.70 pontos (o JG não tinha esse score, mas sem a interferência o jogo psicológico poderia e iria ser outro). Já Richardson, foi um verdadeiro David e nunca se encontrou no heat.

Concluindo, 49º lugar, 300 pontos no bolso, que antes poderiam ser motivo de orgulho mas hoje em dia sabe muito a pouco. Não quero deixar de mandar um forte abraço ao Marcelo Martins que, sem dúvida, está a fazer um óptimo trabalho pois as notas do João começam a ser muito mais consistentes e, passo a passo, começam a aproximar-se dos melhores em prova. E ainda outro abraço para o João que nunca desistiu deste heat, dando sempre o máximo para ter os resultados, demonstrando raça, orgulho e acima de tudo cabecinha!

A próxima perna é a Europeia (horas decentes uhuu!)

Anda meu menino que o pessoal tá aqui à tua espera!!!